domingo, 7 de junho de 2009

A RELAÇÃO AMOROSA ENTRE RADHA E KRSNA

3. Versão completa para leitura on-line
Radha e Krishna no bosque de Vrindavana - clique para ver ampliado

3.1. Introdução
O Gita Govinda (A Canção de Govinda), é um dos clássicos mais renomados da Índia antiga; essa obra está centralizada na confidencial relação amorosa entre Radha e Krishna em um rito da primavera.

O Gita Govinda consiste de doze capítulos que posteriormente foram divididos em vinte e quatro canções. Cada canção consiste em oito quadras de versos que recebe o nome de Ashtapadi. O Capítulo um, dois, quatro cinco e doze contêm dois ashtapadi cada; os capítulos três, seis, oito, nove e dez contêm só um ashtapadi cada.

Assim há vinte e quatro ashtapadis. Estes ashtapadis podem ser estabelecidos, quanto à música, em ragas de diferentes melodias, que foram seguidas pelos poetas de períodos mais recentes. Há inúmeros comentários tanto nos diversos dialetos indianos quanto em idiomas estrangeiros.

Os versos são aplicados à música e dança e as apresentações são executadas nos templos, descrevendo os bhavas de Madhura da devoção ao Senhor Supremo e mostrando de forma inusitada como um poeta versado pode adotar idéias profanas para aprofundamento e elevação espiritual.

O kayva do Gita Govinda é um poema lírico e dramatiza as brincadeiras de amor entre Radha e Krishna como trama principal, mas transmite sutil e simultaneamente a natureza profunda da devoção da alma individual, em sua ânsia da vivência de Deus, para atingir finalmente o serviço ao Senhor.

Este Bhava carrega em si a similaridade que há entre a realização de Deus e o erotismo e aqui esse caminho é magistralmente tratado.

O Gita Govinda foi composto com o fim específico de ser uma canção para dançar durante a adoração noturna ao Senhor Jagannatha, e a composição assim é feita com tal habilidade para que seja cantada segundo as batidas dos movimentos de pé de uma dançarina.

O próprio autor ao término do Kavya declara suas razões, onde ele enfatiza que o poema se destina a serum suporte para meditação em Vishnu e está envolto em Srngara rasa pelo Kavi Jayadeva Pandita em seu profundo mergulho meditativo no Senhor eSua Consorte.

O poema ficou tão popular que em menos de um século que se espalhou por todos os cantos da Índia, de leste para sul, oeste e norte, e traz expressões da arte na dança, música, pintura e na adoração no templo.

A vida do autor remonta a segunda metade do século XII. Foi pela primeira vez vertido ao inglês em 1792.

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